sábado, janeiro 31, 2009

Brazólia y otrás cositas más...

Lembro que a primeira vez que estive em Brasília, tinha 8 anos.
Morava em uma cidade no norte de Minas chamada Paracatu, distante aproximadamente 200 kms da capital federal (BR 040).
Fiquei fascinado com a história da cidade com formato de avião e, ao retornar para casa, lembro da imagem de luminosidade da cidade e, acredito que com minha imaginação consegui enxergar algo que se assemelhava as asas desse avião encravado no meio do Brasil.
Os anos passaram e Brasília tornou-se uma parada estratégica desde que vim a Teresina, pelas conexões lá feitas.

Interessante porém que antes das várias conexões (principalmente em 2008, ano que fui 6 vezes para o sul, incluindo essa viagem), tive a oportunidade de acompanhar um grupo de alunos em visita técnica a cidade, que me surpreendeu pela sua unicidade (e olha que já estive em algumas metrópoles nesse mundo!) De repente me vi apaixonado por aquele local e, pelo fato de ser apaixonado por dirigir, tinha uma vontade comigo: dirigir em Brasília!

Não sei se pelas circunstâncias, ou pela complexidade (ou seria diferença?) de sua lógica de trânsito, Brasília tornou-se ridiculamente irritante quando finalmente estive prestes a realizar meu sonho. Rotatória virou motivo de enjôo, tantas as vezes que rodamos para TENTAR a entrada da asa norte (nota: nesse dia havia dirigido cerca de 1400 kms e não tinha conseguido dormir na noite anterior).

Essa "irritância" passou depois de uma boa noite de sono, claro! Com o humor renovado, o domingo chega com aquela cara de dia lindo, nos dando uma experiência maravilhosa de turistas na capital! Como tínhamos mais um dia de viagem e nossa meta se chamava São José do Rio Preto, me foquei no trinômio Esplanada dos Ministérios, Catedral Metropolitana e Praça dos 3 Poderes, dando aos meus companheiros uma noção geral da nossa capital.


Na saída, fomos abordados, como que um protesto pelo pouco tempo dispendido na cidade, por uma tempestade de granizo. Rapidamente tudo ficou alagado, nos forçando a esperar a chuva passar para seguir viagem.

Quase 40 minutos depois, a tempestade deu uma trégua, transformando-se inicialmente em uma chuva grossa, típica de verão, tornando-se mais fina a cada kilômetro rodado.

De repente, estávamos mais uma vez passando por uma divisa: DF/GO. Os 214 que separam Brasília de Goiânia foram recheados de ohs! e outras expressões onomatopéicas geradas pela beleza da estrada.

E por falar em estrada, que delícia a tal da BR 060! Totalmente duplicada, muito bem sinalizada, tendo trechos onde a velocidade permitida é de 120 km/h!

Mesmo já tendo estado em Goiás, confesso que fiquei maravilhado com o visual! Encravada no cerrado brasileiro, a estrada é circundada por uma beleza cênica de se tirar o chapéu! Já tinha passado por ela, mas dentro de um ônibus e com os olhos cerrados num sono profundo. Surpresa também ao passar por Anápolis. Ainda pouco verticalizada, a cidade possui extensão territorial invejável! Certamente fazendo jus a importância que tem no estado.

Placas indicando Cidade de Goiás, Pirenópolis e Alto Paraíso tornavam aquele pedaço de asfalto negro ainda mais interessante, incentivando a necessidade de volta COM TEMPO pr´aquele pedaço de terra brasilis.

Eis que, num piscar de olhos, nos deparamos não com 1, mais 2 [dois!] arco-iris! Como uma boa lembrança de infância, esse prisma mágico fez com que o dia, o estado e a viagem ganhassem um valor especial, selando as aventuras que estavam por acontecer nessa odisséia entre o PI e o PR!

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